Sucateamento da Previdência e da Educação: o único caminho possível é a rua!




Imagem: CDSantos/FuturaPress/Estadão Conteúdo

As recentes medidas do governo apontam cada vez mais para o encurtamento das despesas públicas e a transferência intencional de amplos segmentos da economia para o domínio privado.
Este modelo segue a proposta do liberalismo econômico que não hesita em instrumentalizar modelos de extrema direita, desde que os fundamentos do Capitalismo e do livre mercado estejam assegurados.

A Previdência é um desses cobiçados setores que já despertou a ganancia do sistema financeiro que está na iminência de receber de mão beijada um capital de 1 trilhão de reais. Este modelo só tem um beneficiário: o setor rentista. Experiencias recentes em outros países revelam que as pessoas aposentadas, dada própria dinâmica previdenciária, vão perdendo poder de compra, culminando com situação de pura mendicância. O exemplo do Chile já é bem conhecido e o ministro da Economia já declarou publicamente que deseja que este modelo seja implantado no Brasil.

Outro setor que está na mira do segmento privado é a Educação. Os cortes orçamentários dos IFEs e das Universidades, em torno de 30%,  representarão perda irreparável da qualidade do ensino e da pesquisa e um completo sucateamento estrutural do ensino público superior. Isso não é por acaso. Há um amplo setor que está se preparando para entrar com todas as fichas neste segmento. O setor de  grupos privados de ensino será o maior beneficiário desse sucateamento. O fato de a irmã do ministro da Economia ser uma das líderes de Associação Nacional de Universidades privadas aponta para uma situação que pode vir a ser comprometedora nesta questão.

Uma vez mais, como tem sido ao longo destes três últimos anos, a sociedade sofre ataques articulados contra os direitos sociais e o enfraquecimento de políticas públicas de redução de desigualdades. E isto não se dá de forma espontânea. Há um claro projeto de desmonte do Estado Social no Brasil. 

Diante desse quadro, cabe a pergunta: o que fazer? Vamos por partes. No plano político, as forças progressistas estão em visível minoria. E mesmo que a própria base do governo ainda esteja tropeçando nas diferentes agendas em conflito - já que reúne um espectro político que só tem de comum seu espírito "anti-petista" - certamente deverão obter ganhos no espaço parlamentar.

Mas a democracia cada vez mais precisa ir além do seu alicerce político-eleitoral: a sociedade civil e suas distintas forças cidadãs poderão pressionar o governo para que desastres dessa ordem não venham a acontecer. A rua é o espaço político mais forte. Ainda temos a rua. Mas podemos também nos acomodar e ver a caravana dos fascistas passarem sem nenhuma resistência. O Brasil que queremos, e neste Brasil, a previdência, a educação, a saúde e os direitos inalienáveis de nossa cidadania vai depender de nossa força, de nossa mobilização e de nosso grito!




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