Destruindo sonhos...quem responderá?

O episódio recente dos meninos da Toca do Urubu é uma prova da irresponsabilidade e da falta de seriedade com que se trata, inclusive, o sonho das novas gerações. Todos nós sabemos o quanto o mundo do esporte costuma ser uma busca por notoriedade e ganhos financeiros. Os atletas se submetem a um espartano regime que, se superado pela disciplina e perseverança, gerará fama, direitos de imagem e contratos milionários.

Quem gerencia esta fábrica de sonhos? Cartolas e empresários que fazem de tudo para auferir lucros o mais rápido possível, já que a vida produtiva de um profissional do esporte - dependendo da modalidade - é  relativamente curta.

No mínimo, os clubes deveriam assumir o sério compromisso de garantir a segurança e a integridade dessas crianças. Fala-se tanto em trabalho infantil, na necessidade de se evitar a exploração das crianças, e, ao mesmo tempo se flexibiliza quando se trata de atletas. Um clube de futebol precisa ser íntegro com a sua marca. Não pode deixar que ela seja manchada pelo descaso.

A paixão da torcida é como uma fé religiosa, cheia de um conteúdo antropológico totêmico, capaz de qualquer sacrifício pela vitória.  Seus ídolos assume a forma de deuses dignos de sua reverencia. E, para além desses elementos emocionais, o futebol ganha muito dinheiro, a mídia ganha junto com ele, cartolas, empresários e as próprias empresas sabem da importancia desse investimento.

Precisamos cuidar mais das nossas crianças. Precisamos ser mais responsáveis com suas famílias. Precisamos respeitar a vida. Que este episódio não fique sem que uma lição seja aprendida: pessoas foram responsáveis por esta tragédia, assumiram o risco e precisam responder por isso.

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