Pelo Controle do Comércio de Armas
Por estes dias, em Nova York, está acontecendo um
importante evento sobre o qual a mídia não está pondo a menor atenção. Óbvio
isso porque o assunto não interessa aos veículos. As mídias, em sua maioria dominada por
patrocinadores preocupados apenas em vender seus produtos, preferem outras
pautas.
Mas, voltando a Nova York, a ONU está realizando um
Conferência para tratar do desarmamento. O objetivo é formalizar um acordo para
tratar do controle do comércio de armas.
Quem não sabe, fica sabendo que a cada minuto no mundo
uma pessoa morre vítima de arma de fogo. Acabamos de asssitir as terríveis cenas
do massacre de Aurora, no seguimento de outros tantos – inclusive aqui no Brasil
– que nos estarrece pela maneira como o acessso a armas é algo tão simples como
ir ao supermercado comprar uma escova de dentes.
Em nosso país, gradativamente, se vai tomando
consciência do problema e – férteis como somos em produzir leis – existe até um
Estatuto do Desarmamento. Mesmo assim se assiste diariamente o cometimento de
tentativas de homicídios e de homicídios por armas de fogo, muitas das quais são
contrabandeadas. São estas armas que alimentam o crime organizado e que cruza as
fronteiras do país com facilidade.
O objetivo da Conferência da ONU é, portanto, criar um
Tratado Internacional que permita – para o exercício da legítima defesa dos
países contra agressões e o terrorismo – um controle efetivo do comércio,
punindo efetivamente o contrabando de armas. O que me chama a atenção , no
entanto, é a falta de vontade política dos governos – e nesse sentido até o
próprio governo brasileiro – de construir um mecanismo interncaional de controle
que tem como consequência direta a segurança dos cidadãos e cidadãs. Isso sem
falar na redução de gastos do sistema público de saúde para o tratamento do
número elevado de pessoas que são vitimas de armas de fogo.
As Igrejas, através do Conselho Mundial de Igrejas, tem
cobrado dos governos uma postura mais proativa sobre o tema. Em nível
internacional temos uma articulação chamada de Campanha
Ecumênica para um Tratado de Comércio de Armas Forte e Eficaz (TCA).
Compõem esta rede cerca de 70
igrejas, entidades afins e redes de fé em 35 países. A campanha é coordenada
pelo Conselho Mundial de Igrejas, uma associação de 349 igrejas representando
mais de 580 milhões de cristãos em mais de
140 países, e trabalha cooperativamente com a Igreja Católica Romana.
O SERPAZ e a
IECLB (Igreja Evangélica de Confissão Luterana no
Brasil) fazem parte de uma iniciativa de controle de
comércio de armas por parte de igrejas e organizações afins, em 35 países, a
Campanha Ecumênica por um Tratado de Comércio de Armas Forte e Eficaz. O CONIC –
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs apoia esta iniciativa e toda pessoa de bom
senso e comprometida com uma cultura de paz pode se somar a este
esforço.
Quem desejar mais
informação sobre o assunto, contacte: Marie Ann Wangen Krahn – mariekrahn@gmail.com, 51-3592-6106/ cel.
51-8417-3047
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