Reflexões sobre a Campanha...
Enquanto o Presidente exibe uma cara de quem vive no paraíso eleitoral, contrastando com a que exibia há um ano atrás no auge da crise do mensalão, seu principal opositor começa a dar sinais de quem já está nas cordas.
A razão é simples e a expus desde que comecei a comentar a campanha presidencial: Lula sabe manejar muito bem a chave do cofre e a imagem de mídia. Sentado em números e em frases de efeito, o Presidente tem somente uma tarefa até o dia primeiro de outubro: passar a imagem de quem ainda não concluiu a sua tarefa.
A fragilidade de Alckmin é evidente. Nem o discurso de Eloisa Helena abala a tranquilidade que Lula adquiriu a partir do inicio do ano, com a reversão da opinião pública em relação ao seu governo.
No entanto, esse clima de inexpugnabilidade do Presidente pode gerar uma campanha pobre e desmotivadora para o eleitorado, como está sendo exposta pelos programas eleitorais na midia.
Nem parece o confronto de quatro anos atrás, quando se tinha um divisor ideológico mais nítido entre a situação e a oposição.
A construção discursiva da oposição se relega ao lugar comum das promessas tradicionais, sem apresentar os instrumentos e metodologias para motivar o eleitorado. Parece não existir nenhum meio novo de efetivar mudanças que precisam ser feitas. Toda proposta deveria apontar não somente o "que", mas igualmente o "como". Isso é educação política. Isso desperta o interesse do eleitor.
A construção discursiva do Presidente padece do mesmo vício. É como se nos últimos quatro anos se tivesse resolvido o grande desafio da sociedade brasileira. Permanecem como muito graves a exclusão de direitos e a concentração de renda e de terra. Mas nada de novo, a não ser a exibição de números e façanhas, é apresentado ao aleitorado.
Nesse contexto de lugar-comum discursivo, ganha quem está na função de governo. Parece que a sociedade brasileira está um pouco anestesiada e descrente de mudanças, com a sensação de que votar é apenas um gesto burocrático.
Isso não é bom. Nem mesmo para o Presidente que caminha a passos largos para uma re-eleição. O segundo mandato não pode ser construido somente sobre uma sensação de que não há alternativas a ele. É preciso criar um diferencial programático na direção de mudanças que, sabemos, precisam ser feitas!
A razão é simples e a expus desde que comecei a comentar a campanha presidencial: Lula sabe manejar muito bem a chave do cofre e a imagem de mídia. Sentado em números e em frases de efeito, o Presidente tem somente uma tarefa até o dia primeiro de outubro: passar a imagem de quem ainda não concluiu a sua tarefa.
A fragilidade de Alckmin é evidente. Nem o discurso de Eloisa Helena abala a tranquilidade que Lula adquiriu a partir do inicio do ano, com a reversão da opinião pública em relação ao seu governo.
No entanto, esse clima de inexpugnabilidade do Presidente pode gerar uma campanha pobre e desmotivadora para o eleitorado, como está sendo exposta pelos programas eleitorais na midia.
Nem parece o confronto de quatro anos atrás, quando se tinha um divisor ideológico mais nítido entre a situação e a oposição.
A construção discursiva da oposição se relega ao lugar comum das promessas tradicionais, sem apresentar os instrumentos e metodologias para motivar o eleitorado. Parece não existir nenhum meio novo de efetivar mudanças que precisam ser feitas. Toda proposta deveria apontar não somente o "que", mas igualmente o "como". Isso é educação política. Isso desperta o interesse do eleitor.
A construção discursiva do Presidente padece do mesmo vício. É como se nos últimos quatro anos se tivesse resolvido o grande desafio da sociedade brasileira. Permanecem como muito graves a exclusão de direitos e a concentração de renda e de terra. Mas nada de novo, a não ser a exibição de números e façanhas, é apresentado ao aleitorado.
Nesse contexto de lugar-comum discursivo, ganha quem está na função de governo. Parece que a sociedade brasileira está um pouco anestesiada e descrente de mudanças, com a sensação de que votar é apenas um gesto burocrático.
Isso não é bom. Nem mesmo para o Presidente que caminha a passos largos para uma re-eleição. O segundo mandato não pode ser construido somente sobre uma sensação de que não há alternativas a ele. É preciso criar um diferencial programático na direção de mudanças que, sabemos, precisam ser feitas!
Comentários
Pois então, gostaria de ser o Sombra para entender o mal e o bem que condicionam as decisões dos nossos 90 milhões de eleitores.
Ainda assim tenho minhas teorias.
1- Aos olhos do povo todo político é potencialmente ladrão, então com noves fora isso acaba não entrando na equação;
2- O bombardeio em cima do Lula e do PT foi tão intenso que talvez tenha despertado desconfiança na população que, bem ou mal, se identifica com a imagem pública do Lula;
3- Para quem é pobre a situação talvez pareça melhor hoje e são poucos os brasileiros que não são pobres, né?
Preferia um outro presidente, mas creio que nós estamos em vias de conquistar algo muito mais importante: consciência política.
Acho que a vitória do Lula não é dele, mas uma demonstração pública de descrédito com as manipulações da mídia e a leitura crítica da mídia é uma das mais importantes conquistas em uma democracia.
Na elite também está havendo um interesse muito maior em política exemplificado pelo recente caso Xô Sarney.
Apesar de tudo isso os intelectuais estão realmente muito apáticos.