Israel: permissão para matar inocentes!

É absolutamente vergonhoso o jeito com que os líderes das maiores nações do planeta estão tratando a agressão israelense ao Líbano. Enquanto vidas de civis estão sendo destruídas, das quais cerca de 45% são crianças, de acordo com a ONG Save the Children, o ocidente fica propondo a criação de um cordão humanitário no sul do Líbano. Chega de tibieza no enfrentamento da questão.
Apoiado incondicionalmente pelo Governo Bush, em sua mania persecutória contra o terrorismo internacional, Israel usa a única linguagem que conseguiu desenvolver desde sua fundação: a da força e da prepotência.
Que o digam os palestinos da faixa de Gaza e agora os libaneses. E tudo isso sob o cínico argumento de que está se defendendo. Destruir um país, abater civis em bombardeios frequentes e indiscriminados, e levar milhares de libaneses a uma fuga tresloucada para lugares mais seguros não parece ser uso de legítima defesa.
A desculpa de que o que busca é a libertação de soldados capturados pelo Hezbolah só pode ser aceita pela mente perversa de Bush e seus aliados. O que dizer dos 8500 palestinos que estão presos em Israel, acusados de terrorismo, em condições de completo desrespeito aos direitos humanos? Mantidas as proporções das supostas vítimas, era para o povo árabe ter destruido Israel há algum tempo.
Defendemos o direito de Israel ser respeitado como Estado. Mas não podemos aceitar a sua sistemática postura militar contra os palestinos ou qualquer de seus aliados.
Se se condena veementemente o terrorismo - inaceitável por sua saga de matar inocentes - não se pode aceitar o terrorismo praticado sob a legitimação de um Estado.
Israel recebeu a solidariedade do mundo inteiro quando do holocausto praticado pelo Estado nazista. Hoje, em contrapartida, submete os libaneses a um triste e deplorável holocausto. Isso sem contar com o que vem fazendo há décadas contra o povo palestino.
É imperativo que a opinião pública mundial condene efetivamente o Estado de Israel por essa inaceitável agressão. Não podemos tolerar o uso sistemático da força como afirmação de soberania. Em não havendo uma reação firme contra um Estado que só sabe usar a linguagem das armas, corremos o risco de assistirmos a uma carnificina. De um lado e de outro. Isso sem nos esquecermos de que o ódio contra Israel vai alimentar ainda mais o combustível do terrorismo. Não se esqueçam do 11 de setembro. Em certa medida, Israel tem parte neste latifúndio de ódio.

Comentários

Anônimo disse…
De um lado a ganância e a truculência americana/israelense. Do outro um grupo pequeno de fanáticos terroristas(que não gostam muito da palavra "negociar", ou é do jeito deles, ou então....), infelizmente nesta disputa, sobra p/ a população civil, desprotegida desta ganância por poder.

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