Durou pouco....infelizmente!
Para os que, como eu, acreditaram que a decisão do TSE - de regulamentar a proibição de livre balconato nas eleições de outubro - seria um primeiro passo para o fortalecimento da democracia, nada mais decepcionante do que o inopinado recuo de quem tem nas mãos o poder de regular o processo eleitoral.
Volta tudo ao que era antes. Tristemente, por sinal.
Não se tem democracia representativa forte sem partidos fortes, com propostas claras e alianças políticas que não desfigurem seus programas. Todos os teóricos políticos são unânimes em afirmar que a base de um sistema representativo está posta na clareza programática e política dos partidos que se submetem ao crivo eleitoral, expondo seu programa de governo para a implementação de políticas públicas.
A verticalização é um instrumento válido, embora ainda insuficiente, para evitar que partidos distintos entre si no tocante a modelos e projetos de governo se aliem com base exclusivamente na estratégia eleitoral. É o balconato político - onde vale o que tem melhor condição de alcançar a máquina pública pela via do voto.
Os eleitores ficam confusos diante de situações em que num determinado estado dois partidos estão aliados e, em outros, disputam ferrenhamente o poder. Ou até mesmo na disputa pela Presidência estão atacando um ao outro, muitas vezes em confrontos nada civilizados.
A pergunta-chave é, portanto: o que é mais importante? Na minha opinião o mais importante é a coerência programática, aplicável às realidades mais locais e nacional. Não consigo entender que ao se constituir como partido, não haja uma proposta política para o País e para o menor dos municípios. O povo deve ter claro não somente em quem está votando, mas em que partido e em que proposta.
A cultura política brasileira está longe de superar a veia do personalismo nos processos eleitorais. E isso empobrece a democracia. Teremos que trilhar um longo caminho para chegarmos um dia a termos partidos coerentes, fortes e que não tenham receio de assumir seus programas. De tornarem públicas suas alianças, fundamentando de forma clara suas estratégias.
O TSE teve a oportunidade de ajudar um pouco nesse processo. Mas perdeu a oportunidade, numa demonstração de insegurança interpretativa, péssimo exemplo para quem tem poder judicante.
Volta tudo ao que era antes. Tristemente, por sinal.
Não se tem democracia representativa forte sem partidos fortes, com propostas claras e alianças políticas que não desfigurem seus programas. Todos os teóricos políticos são unânimes em afirmar que a base de um sistema representativo está posta na clareza programática e política dos partidos que se submetem ao crivo eleitoral, expondo seu programa de governo para a implementação de políticas públicas.
A verticalização é um instrumento válido, embora ainda insuficiente, para evitar que partidos distintos entre si no tocante a modelos e projetos de governo se aliem com base exclusivamente na estratégia eleitoral. É o balconato político - onde vale o que tem melhor condição de alcançar a máquina pública pela via do voto.
Os eleitores ficam confusos diante de situações em que num determinado estado dois partidos estão aliados e, em outros, disputam ferrenhamente o poder. Ou até mesmo na disputa pela Presidência estão atacando um ao outro, muitas vezes em confrontos nada civilizados.
A pergunta-chave é, portanto: o que é mais importante? Na minha opinião o mais importante é a coerência programática, aplicável às realidades mais locais e nacional. Não consigo entender que ao se constituir como partido, não haja uma proposta política para o País e para o menor dos municípios. O povo deve ter claro não somente em quem está votando, mas em que partido e em que proposta.
A cultura política brasileira está longe de superar a veia do personalismo nos processos eleitorais. E isso empobrece a democracia. Teremos que trilhar um longo caminho para chegarmos um dia a termos partidos coerentes, fortes e que não tenham receio de assumir seus programas. De tornarem públicas suas alianças, fundamentando de forma clara suas estratégias.
O TSE teve a oportunidade de ajudar um pouco nesse processo. Mas perdeu a oportunidade, numa demonstração de insegurança interpretativa, péssimo exemplo para quem tem poder judicante.
Comentários
Para tentar trazê-lo mais para perto tenho alimentar nos que conheço uma postura mais crítica e pragmática como você bem disse.
Creio que esta mudança deve partir em boa parte do povo. Quando o discurso político inflamado e difamatório não funcionar mais e os eleitores cobrarem explicações claras e diretas eles mudarão o discurso.