O Freio de mão no Crescimento

Os recentes números da desaceleração econômica podem representar um novo desafio ao Governo. Empurrado pelo bom desempenho do ano passado, onde a geração de empregos e o índice de 5,2% de crescimento deixaram a equipe econômica com sorriso até a orelha, o Governo continuou a adotar medidas restritivas ao crédito. Com esse freio de mão, cobrando os mais elevados juros do mundo e dogmatizando o famigerado superávit fiscal, os gestores econômicos do Governo devem se preparar para o pior.
A menos que aconteça um milagre - o que é improvável no mundo dos negócios - o PIB crescerá menos do que o necessário para recuperar a chamada década perdida. E aí, a grande bandeira de Lula de gerar milhões de empregos estará tão comprometida quanto o contexto recessivo em que assumiu o governo.
Desse jeito, a estabilidade será uma realidade distante. Tá na hora de fazer a releitura do aperto fiscal e gerar poupança interna para produção. Do contrário, a economia andará para trás e atropelará as pretenções de reeleição. Mais um desafio, ao lado do político, que testará a diferença entre palanque e gerência.

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